Folha de S. Paulo


Paradas, estaduais do PR suspendem seus vestibulares

As universidades estaduais de Londrina e de Maringá, no Paraná, suspenderam seus calendários acadêmicos. Das sete universidades estaduais paranaenses, as duas instituições eram as únicas que ainda não haviam anunciado a medida.

Todas estão em greve há cerca de um mês, em meio a uma grave crise política e financeira do governo de Beto Richa (PSDB).

A universidade de Maringá anunciou a suspensão dos vestibulares de inverno e de ensino a distância, que ocorreriam no meio deste ano. Já a estadual de Londrina, que não tem vestibular de inverno, suspendeu as inscrições que iriam até 10 de setembro para o processo seletivo de 2016.

Os professores das universidades estaduais do Paraná estão em greve pela segunda vez no ano e pedem reposição salarial de 8,17%. O governo do Paraná fez nesta quarta-feira (27) uma nova proposta de reajuste salarial para acabar com a greve dos professores estaduais.

A gestão Beto Richa (PSDB) sugeriu dar 3,45% de aumento neste ano, parcelado em três vezes (setembro, outubro e novembro). E antecipar a data-base da categoria para janeiro, concedendo o índice da inflação do período. O índice de 3,45% está abaixo da inflação dos últimos 12 meses -só compensa o aumento de preços até dezembro de 2014.

Para Silvia Alapanian, do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Estadual de Londrina, a suspensão do calendário serve para que os professores consigam coordenar suas atividades quando o retorno às aulas for definido.

"É uma espécie de reconhecimento de que a maior parte da universidade está em greve e uma medida de proteção caso, eventualmente, um professor decida furar a paralisação ou um aluno se sinta prejudicado", afirma.


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