Folha de S. Paulo


Após assembleia, professores fazem protesto em São Paulo

Cerca de 1.500 profissionais da educação, segundo estimativas da PM (os manifestantes falam em 5.000), se reuniram no vão livre do Masp, na avenida Paulista (região central de SP) e decidiram manter a greve iniciada há uma semana.

Depois, os manifestantes seguirem rumo à sede da Secretaria da Educação, onde chegaram por volta das 16h40.

Os manifestantes gritam palavras de ordem contra o governador do Estado, Geraldo Alckmin. Gritos de "governador, essa novela é um filme de terror" foram ouvidos pela reportagem. Eles se referem a uma declaração de Alckmin, que afirmou, se referindo à greve, que "todo ano é essa novela".

A assessoria do sindicato afirmou que tem conversado com o governo estadual, mas que este não tem dado nenhum aceno na direção do reajuste salarial. A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, disse em entrevista à Folha, que o governo não negocia com a categoria.. A gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), no entanto, nega essa informação.

Procurada, a Secretaria da Educação do Estado afirmou que considera legítimo o direito à manifestação, mas orienta que os estudantes compareçam normalmente às aulas.

"A pasta acredita que a decisão de um dos sindicatos de professores, a Apeoesp, não representa os mais de 230 mil professores da rede", disse a secretaria. Segundo o sindicato, 175 mil professores são associados à Apeoesp.

A categoria, que tem a data-base em março, reivindica reajuste salarial de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior –o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.

Segundo a secretaria, a categoria teve, em quatro anos, um aumento acumulativo de 45% e alcançou o piso 26% maior do que o nacional. "Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos", destacou a pasta.


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