Folha de S. Paulo


Professores da rede estadual de SP decidem entrar em greve na segunda

Professores da rede estadual de São Paulo decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (13), entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda (16).

O grupo se reuniu no vão livre do Masp, na avenida Paulista, região central da capital paulista, antes de se unir a outros movimento que também protestavam no local. Segundo a Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), cerca de 10 mil professores compareceram ao ato.

De acordo com o sindicato, a adesão dos professores à paralisação não deve ser grande num primeiro momento, mas escolas serão visitadas e os professores serão informados sobre as reivindicações e negociações.

Uma nova assembleia da categoria já foi marcada para a próxima sexta (20), também no vão do Masp, às 14h.

A assessoria do sindicato afirmou que tem conversado com o governo estadual, mas que este não tem dado nenhum aceno na direção do reajuste salarial.

Procurada, a Secretaria da Educação do Estado afirmou que considera legítimo o direito à manifestação, mas orienta que os estudantes compareçam normalmente às escolas na segunda-feira.

"A pasta acredita que a decisão de um dos sindicatos de professores, a Apeoesp, não representa os mais de 230 mil professores da rede", disse a secretaria. Segundo o sindicato, 175 mil professores são associados à Apeoesp.

A categoria, que tem a data-base em março, reivindica reajuste salarial de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior –o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.

Segundo a secretaria, a categoria teve, em quatro anos, um aumento acumulativo de 45% e alcançou o piso 26% maior do que o nacional. "Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos", destacou a pasta.


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