Folha de S. Paulo


Prefeitura apresenta duas versões para mudança nas creches de SP

A Secretaria Municipal de Educação apresentou duas explicações diferentes para a mudança nas creches.

A medida administrativa da gestão Fernando Haddad (PT) permitiu o aumento de crianças atendidas no ensino infantil municipal neste ano, com praticamente a mesma estrutura.

Na primeira explicação, sustentada por duas notas oficiais, a gestão municipal afirmou que a mudança foi feita para "possibilitar a ampliação do atendimento no minigrupo 2".

De acordo com a pasta, a ampliação das matrículas foi viável porque o estágio comporta mais alunos por turma e havia vagas ociosas no ano passado –preenchidas em 2015 com crianças que estariam na fase anterior, se fosse mantida a regra de 2014.

A secretaria reforçava ainda que a estrutura é suficiente para atender o novo perfil de alunos e que misturar as idades das crianças é pedagogicamente positivo.

A prefeitura permite, inclusive, que possam ser formadas turmas que unam dois estágios –no limite, pode haver salas com crianças com idades entre 1 ano e 11 meses e 3 anos e 9 meses.

Após ser questionada por cinco dias pela Folha sobre quantas crianças "saltaram" uma etapa, a pasta apresentou uma terceira nota oficial.

SEGUNDA VERSÃO

Na última versão, ela diz que as alterações nas faixas etárias das etapas do ensino infantil foram feitas para seguir diretriz do Conselho Nacional de Educação.

O órgão federal determina que devem ser matriculadas no ensino fundamental crianças que completam seis anos até 31 de março. As que fazem aniversário depois disso só devem entrar na primeira série no ano seguinte.

A secretaria disse que as mudanças implementadas no ensino infantil visam adequar o fluxo das crianças já no ensino infantil. Por isso, as que fazem aniversário até 31 de março saltaram uma etapa neste ano.

Apesar da apresentação de três notas oficiais, a gestão não informou quantos alunos "pularam" uma etapa.


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