Folha de S. Paulo


No CE, novo ministro da Educação teve relação de amor e ódio com docentes

Uma relação entre tapas e beijos com professores da rede pública marcou a gestão de Cid Gomes (PSB), futuro ministro da Educação, na área da educação como prefeito e como governador.

Ele tanto criou projetos que inspiraram iniciativas nacionais como teve de assistir confrontos entre a policia e docentes grevistas.

Entre os educadores, porém, a imagem do político ficou arranhada por ele ter sido um dos governadores, ao lado de RS, MS, PR e SC, a assinarem ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o piso nacional dos professores, em 2008.

Mas, no final de 2011, com o consentimento do Supremo ao piso e com o fim de uma tumultuada greve de 64 dias realizada pelos docentes do Estado, Cid começou a estabelecer uma nova relação com os agentes da educação cearenses.

Pedro Ladeira - 4.nov.2014/Folhapress
Futuro ministro da Educação, Cid Gomes (Pros) diz que fará reforma no ensino médio
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PROJETOS

O Estado do Ceará passou a pagar o piso nacional e foi um dos primeiros do Brasil a garantir um terço da carga horária para o planejamento de aulas.

Houve ainda seguidas melhorias no índice de avaliação de alunos, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Para especialistas em educação, o que mais credencia Cid Gomes para o ministério são projetos que ele criou para a melhoria da qualidade do ensino.

Uma das iniciativas, o Programa Alfabetização na Idade Certa, começou a ser implantado em Sobral e acabou virando modelo para o restante do Brasil.

A iniciativa pôs auxiliares de ensino nas salas de aula, diminuiu a reprovação e criou incentivos financeiros para que as escolas atingissem metas.

Com a medida, o município conseguiu atingir antecipadamente a meta do Ideb para 2021.


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