Entre 2011 e 2013, os Estados de Goiás e Santa Catarina registraram forte oscilação na nota dos alunos do 9º ano do fundamental público, diferentemente do que ocorreu no cenário nacional.
Se na rede estadual de todo o país a média de português nessa etapa teve variação positiva de 1,14 ponto (de 238,7 para 239,84 no ano passado), em Goiás o salto foi de pouco mais de nove pontos.
O foco em educação integral, um currículo mais sistematizado e o monitoramento da frequência dos alunos estão entre os fatores que contribuíram para o resultado, segundo Viviane Melo, superintendente de ensino fundamental de Goiás.
"Quando um aluno tem mais de três faltas consecutivas, os pais são notificados. Há uma preocupação com a vulnerabilidade social", diz. Ao todo, são cerca de 250 mil alunos matriculados nos anos finais da rede estadual.
Em matemática, a variação das notas nessa etapa foi de 7,95 pontos (de 244 para 251,95). Com isso, o Estado passou da 10ª colocação para a 3ª na disciplina.
No Brasil todo, os alunos dos anos finais da rede estadual tiveram ligeira piora (-0,29) em matemática. A queda foi mais acentuada em Santa Catarina –os alunos perderam 7,89 pontos.
Para o secretário de Educação do Estado, Eduardo Deschamps, a piora era esperada. Ele explica que os alunos avaliados na Prova Brasil de 2013 faziam parte de um grupo que, desde 2007, teve aprovação automática.
Com isso, de acordo com Deschamps, caiu o comprometimento desses estudantes com o aprendizado.
Ele lembra que, desde o ano passado, a política de aprovação automática foi abolida, o que também impactou na queda do Ideb, indicador de qualidade que usa as notas da Prova Brasil.
| Editoria de arte/Folhapress | ||
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