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Prova de física da Fuvest foi mais difícil que a anterior, diz professor

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A prova de física pode ser considerada a mais difícil da primeira fase da Fuvest, realizada neste domingo (30). A avaliação é de Ricardo Helou Doca, professor de física do Objetivo, que participou de debate da "TV Folha".

Segundo Doca, a prova de química foi "tranquila", assim como a de geografia. De acordo com o professor, biologia, por sua vez, manteve o nível de dificuldade dos anos anteriores, sem inovação de formato.

Tanto Doca como Marcos Magri, coordenador de português da empresa Adaptativa (parceira da Folha em simulados), afirmam que o formato e nível de exigência, no geral, foram equivalentes ao teste do ano passado.

"[É uma prova] absolutamente boa para selecionar os melhores alunos", avalia Doca. Segundo ele, todas as disciplinas mesclaram questões fáceis, difíceis e médias.

ABSTENÇÕES

Neste ano, o exame teve 10,2% de abstenção, o que equivale a 14.457 candidatos ausentes. O número caiu em relação ao vestibular passado, quando a abstenção bateu recorde pelo terceiro ano seguido seguido e chegou a 11,5%.

A prova, composta por 90 questões de múltipla escolha, foi considerada difícil por candidatos ouvidos pela Folha.

Uma das questões que chamaram a atenção dos candidatos abordou a crise de abastecimento de água na Grande São Paulo.

O enunciado pedia que o candidato apontasse a "natureza" da crise, e, segundo o gabarito, a alternativa correta é a que diz ser "ecológica e política, posto que a reposição de água dos reservatórios depende de fatores naturais, assim como do planejamento governamental sobre o uso desse recurso".

Procurada, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) informou que a Fuvest tem liberdade para elaborar a prova e que não iria comentar a questão.

De acordo com a Fuvest, nenhum incidente foi registrado e nenhuma questão da prova foi anulada.


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