Para o governo federal, o Brasil prepara seus estudantes para avaliações como o Pisa. A principal avaliação internacional de desempenho de alunos do ensino básico vai ter mudanças, o que pode complicar avaliação do Brasil.
O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), José Francisco Soares, disse que a orientação geral para o ensino básico "contempla a ideia de educação para a vida".
Ele ressalta, porém, que a desigualdade socioeconômica do país inevitavelmente se reflete em qualquer exame educacional.
Mesmo assim, o exame é "bem-vindo". "Participar do Pisa nos expõe ao que está ocorrendo no mundo. Isso impacta o debate no país", disse o presidente do Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação.
A discussão em torno de eventual reformulação do modelo de ensino na qual a divisão entre disciplinas não seja tão rigorosa ainda não é consensual no Brasil, observou Soares.
Tampouco está pacificada a idade exata em que o aluno deve focar os estudos em suas áreas de interesse, afirmou.
"A escola brasileira está organizada em disciplinas. Não podemos fugir disso. Mas [com a recomendação geral] a gente está dizendo que, ao tratar de leitura [ou qualquer outra disciplina], tenho que considerar os problemas concretos da vida do aluno."