O primeiro contracheque que Thiago Vianna, 23, recebeu na vida teve destino certo: o mercado financeiro.
Na época, ele ganhava do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre uma ajuda de custo e pesquisou para decidir em quais ações investir. Hoje, três anos depois, ele é aluno do segundo ano de administração na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e pretende fazer carreira como gestor de investimentos.
A função desse profissional é avaliar as oportunidades e os riscos do mercado de ações para determinar onde a empresa deve alocar seus recursos. A demanda no exterior é grande por causa do "intenso fluxo de capital internacional de grandes corporações e do crescimento das empresas brasileiras, que estão se internacionalizando", de acordo com Francisco Antônio Serralvo, diretor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da PUC-SP.
| Raquel Cunha/Folhapress | ||
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| Fábio Vicente de Souza, 27, que é consultor de investimentos |
Em geral, os cursos que formam o gestor de investimentos são economia, administração, contabilidade e engenharia. "O estudante aprende a ter domínio de estatística descritiva e probabilística, econometria e fundamentos da matemática financeira", diz Serralvo.
Além dos conhecimentos técnicos, o profissional tem de desenvolver algumas habilidades para atuar no ramo.
"É preciso ter visão ampla dos negócios no mundo, saber analisar cenários econômicos, coletar dados, processar informações e ter sensibilidade política, já que política e economia estão interligadas", afirma José Luiz Amaral Machado, do Conselho Federal de Economia.
Para aumentar as chances de uma carreira internacional, Serralvo cita ainda, como diferencial, a experiência em instituições financeiras.
| Editoria de Arte/Folhapress |
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O consultor de investimentos Fábio Vicente de Souza, 27, por exemplo, começou a trabalhar em um banco como estagiário. Depois de formado em administração, pela universidade Mackenzie, passou por diversas instituições financeiras até chegar à consultoria onde trabalha hoje.
A possibilidade de viajar para o exterior foi um dos aspectos que o atraíram para a empresa, que tem um escritório em Miami, nos EUA.
"Em fevereiro de 2015 já devo viajar para participar de um treinamento por lá", diz.
Souza está se preparando para a prova do CFA (sigla, em inglês, para analista financeiro licenciado), um certificado exigido em muitas instituições e que torna o profissional mais reconhecido no exterior.
SEU OBJETIVO É...
Avaliar as oportunidades e os riscos do mercado de ações para definir investimentos
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