Folha de S. Paulo


Universidades de destaque no mercado oferecem estágio fora do país

Algumas das melhores universidades do país, de acordo com a avaliação do mercado, são também aquelas que estão estimulando seus alunos a trabalhar fora do país ainda durante a graduação.

É o que mostra uma análise feita pela reportagem com base no RUF (Ranking Universitário Folha), publicado na última segunda-feira (8).

A quantidade de estágios no exterior durante a graduação já aumentou 13% até agora em relação ao ano passado –neste ano, 350 brasileiros foram contemplados.

Os dados são da Abipe (Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil), representante no Brasil do programa Iaeste, que administra estágios pelo mundo. O programa tem parceria com algumas instituições brasileiras que estão entre as primeiras colocações do RUF na avaliação do mercado.

A PUC-Minas, 5ª colocada nesse quesito, é uma delas. Segundo Rita Louback, assessora de relações internacionais da universidade, experiências internacionais têm tido mais procura: "Os alunos sabem que isso aumenta empregabilidade."

Para fazer um estágio no exterior, além de conseguir a vaga, é necessário planejamento, diz Oliver Küffner, 26.

Ele fez engenharia de produção no Mackenzie –3ª colocada na avaliação de mercado do RUF–, com estágio na Alemanha.

"Antes de viajar fiz uma projeção de quanto iria gastar nos seis meses em Hanôver [Alemanha]. O salário do estágio era suficiente para pagar meus gastos mensais, mas não mais que isso", diz.

Acabou ficando: fez mestrado em Berlim e atualmente trabalha em Munique. "O estágio foi o passo inicial que me trouxe até aqui", diz.

Para Paula Prado, gerente executiva da Abipe, há mais vagas para brasileiros estagiarem no exterior porque o país está mais "importante" no cenário internacional.

Mas há dificuldades: "Cada curso decide se o estágio vale [créditos] ou não, não há uma unificação das regras", diz.

A avaliação do mercado é um dos cinco indicadores do RUF para as universidades.


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