Folha de S. Paulo


São Paulo e Minas avançam no ensino fundamental, mas caem no médio

São Paulo e Minas registraram alta nas notas do ensino fundamental dos anos iniciais e finais, mas tiveram queda no ensino médio, conforme os resultados do Ideb 2013.

Os dois Estados conseguiram bater as metas no ensino fundamental, e Minas lidera os dois níveis.

Já no médio, nenhum dos dois conseguiu atingir a meta estabelecida. São Paulo viu sua nota regredir de 3,9 em 2011 para 3,7 em 2013 –a meta era manter 3,9.

Em Minas, a queda foi menor. O Estado perdeu 0,1 ponto. Teve 3,6, quando a meta era chegar a 4,0.

O secretário estadual de Educação de São Paulo, Herman Voorwald, diz que o problema do ensino médio está relacionado à necessidade de reformulação do currículo –especialistas consideram que o atual desestimula os alunos. A mudança depende do governo federal.

Editoria de Arte/Folhapress

Há dois anos, quando o Ideb 2011 foi divulgado, a União prometeu estudar uma reforma que reduzisse o número de disciplinas. Voorwald diz que técnicos estaduais estão reunidos com o MEC e o objetivo é que até 2015 o ensino médio esteja reformulado.

"O Brasil precisa definir qual é o jovem que nós precisamos para o país e com isso viabilizar uma matriz curricular por área do conhecimento e optativa para que ele construa sua educação conforme seu projeto de vida."

O crescimento de São Paulo no fundamental é atribuído por Voorwald a um investimento em aperfeiçoamento continuado de professores.

Em primeiro lugar no ranking do ensino médio ficou Goiás (3,8) –era o quinto no anterior–, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul, ambos com 3,7.

Alagoas ficou em último, repetindo a posição anterior.

Dos Estados com melhor desempenho, Rio de Janeiro e Pernambuco foram destaques em crescimento. O primeiro saiu do 15º lugar, em 2011, e subiu 11 posições.

Pernambuco ficou em quarto lugar (empatado com Rio, Minas e Santa Catarina) e obteve o maior avanço no ensino médio: 16,1% em relação a 2011. A nota do Estado subiu para 3,6, acima da meta de 3,2.

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), atribuiu o desempenho a investimentos no setor.

"Fizemos um investimento maciço em educação, com a construção e a reforma das escolas da rede estadual, o pagamento de bônus aos professores que atingissem as metas pactuadas, o monitoramento das escolas e um grande pacto pela educação", afirmou, em nota.

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PIOR IDEB

Os resultados apontaram a cidade baiana de Santa Luzia (a 524 km de Salvador) como o município com a pior nota nos anos finais do fundamental no país.

A prefeitura conta com 29 escolas para atender 2.700 alunos. Entre os problemas, estão a evasão escolar e o analfabetismo funcional

A secretária de Educação, Tenylle Nascimento, disse que a prefeitura já adotou um plano de reforço escolar para os alunos do 6º ao 9º ano. Ela afirmou que também criou um grupo para acompanhar o desempenho dos estudantes mais faltosos.


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