Folha de S. Paulo


Secretário da Educação diz que haverá reposição de material escolar em SP

O secretário municipal da Educação de São Paulo, Cesar Callegari, disse que, se necessário, haverá reposição dos materiais escolares distribuídos aos alunos de colégios municipais da cidade. A Folha revelou nesta sexta-feira que esses estudantes terão redução no número de itens recebidos no material escolar e outros serão usados de forma coletiva na escola.

Segundo Callegari, a prefeitura tem centros regionais de estoque para armazenar materiais escolares e, em caso de necessidade, serão encaminhados às instituições de ensino. "Teremos 2,2 milhões de cadernos reservas, 2,75 milhões de lápis, 2,25 milhões de canetas azuis, 550 mil vermelhas e 550 mil pretas", disse.

Segundo ele, a medida adotada este ano pela prefeitura visa evitar desperdício. "Também queremos evitar extravios que têm acontecido em larga escala. Não posso me conformar que cadernos escolares sejam usados para fazer listas de compras de dona de casa ou serem usados pelos irmãos dos alunos na faculdade. Devemos dar exemplo de consumo responsável", disse.

Até 2013, os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental recebiam oito canetas cada. Agora, eles não receberão nenhuma. A prefeitura diz que vai enviar canetas aos colégios e que elas poderão ser usados por seus estudantes.

Num primeiro momento, porém, serão apenas 300 canetas para cada unidade. Numa escola com 800 alunos, por exemplo, os estudantes ganhavam, no ano passado, 6.400 no total (soma das canetas recebidas pelos estudantes).

O secretário esteve em um evento no CEU Jambeiro, em Guaianazes, na periferia da zona leste, para anunciar um decreto que estabelece a gestão compartilhada das unidades. Desta forma, as secretarias de Esporte, Educação, Cultura e Desenvolvimento Urbano terão maior integração, principalmente para organizar eventos nos CEUs.

Nesta semana, a pasta divulgou ter feito economia de R$ 20 milhões na compra de material, mas afirma que o valor considera apenas a pesquisa da própria lista de 2014 com outro modelo de compra.

No total, foram gastos R$ 13 milhões com materiais. A gestão Haddad enfrenta dificuldade financeira após ter sido impedida de aumentar o IPTU como planejava.

Como nos anos anteriores, as aulas já começaram (nesta semana), mas os materiais dos alunos só serão distribuídos depois (segundo a prefeitura, ainda neste mês).

Editoria de Arte/Folhapress

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