Folha de S. Paulo


Universidades federais alegam equívoco ou boicote de alunos

As universidades federais punidas pelo MEC com a suspensão do vestibular em cursos considerados de má qualidade apontam equívocos na avaliação feita pela pasta ou atribuem o resultado ao boicote dos alunos.

Por meio da assessoria de imprensa, a UFPR (Universidade Federal do Paraná) afirmou que o resultado negativo é "decorrência do boicote dos estudantes" no Enade.

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"Nosso maior desafio é mobilizar a comunidade acadêmica e mostrar que há outras formas de comunicar ao governo o desejo de mudança política em torno do exame", afirmou por meio da nota a pró-reitora de graduação da universidade, Maria Amélia Sabbag Zainko.

A Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), que foi punida nos cursos de jornalismo e publicidade e propaganda, também apontou a entrega da prova em branco como motivo para a punição recebida pela instituição.

"As habilitações do curso de comunicação social em jornalismo e em publicidade e propaganda são oferecidas pela Ufes há 38 e 35 anos, respectivamente, e reúnem hoje plena capacidade de receber novos alunos", defendeu.

A UFPA (Universidade Federal do Pará) afirmou que um plano de melhorias está "em andamento" e que pedirá ao MEC para que a oferta seja mantida. Ao todo, 935 candidatos se inscreveram para disputar as 30 vagas de jornalismo da instituição.

A Unifap (Universidade Federal do Amapá) disse que o MEC cometeu "um equívoco", uma vez que seu curso de secretariado executivo recebeu nota 4 na última avaliação.

A Unir (Universidade Federal de Rondônia) não respondeu ao pedido de entrevista para comentar o resultado.


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