Folha de S. Paulo


Após assembleia tumultuada, professores municipais encerram greve no Rio

Os professores das escolas públicas da prefeitura do Rio decidiram no início da noite desta sexta-feira (25) encerrar a greve da categoria.

A votação dividiu os educadores reunidos em assembleia em um clube na zona norte carioca. Houve discussão e tumulto, assim como na reunião de quinta-feira, que definiu o encerramento da paralisação dos professores da rede estadual de ensino, na quinta (24), após 78 dias de greve.

A negociação com as autoridades estava suspensa desde o dia 8 de outubro, quando o prefeito Eduardo Paes (PMDB) sinalizou que não havia mais acordo possível com o sindicato dos professores.

Ao longo da paralisação, representantes do governo promoveram dez encontros com a diretoria do sindicato, mas não se chegou a um consenso.

"Eles não têm pauta. Cada dia é uma coisa. Eles não fazem a conta matemática do que apresentam. A única proposta oficial que recebemos do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) sobre o plano de cargos e salários previa uma remuneração de R$ 136 mil para cada professor", afirmou o prefeito do Rio, na ocasião.

O acordo começou a surgir após a audiência de conciliação promovida na última terça-feira (22) pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), que reuniu representantes do sindicato e dos governos estadual e municipal.

Na audiência com Fux, a prefeitura concordou em abonar as faltas de professores e ressarcir aquelas já descontadas desde o início de agosto.

A direção do sindicato saiu do encontro defendendo o fim da greve. Já a parcela descontente com o resultado da audiência no STF exigia que a paralisação continuasse até que as reivindicações da categoria fossem atendidas.

Por conta da divergência de opiniões, a assembleia desta sexta durou mais de três horas.


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