Folha de S. Paulo


1ª reitora da USP disputa eleição para voltar à direção da universidade

Primeira reitora da USP, a professora Suely Vilela tentará voltar à administração da universidade, agora como vice-reitora. Ela decidiu disputar a eleição a ser realizada em dezembro próximo.

Dirigente entre 2006 e 2009, Vilela teve seu mandato marcado por uma invasão da reitoria que durou 50 dias e pela adoção de bônus para alunos de escolas públicas no vestibular da Fuvest.

O anúncio da candidatura de Vilela foi feito ontem, quando a USP informou que quatro chapas disputarão a sucessão do atual reitor, João Grandino Rodas.

Por e-mail, Vilela afirmou à Folha, que decidiu disputar a eleição por considerar que sua "experiência acadêmica e administrativa" podem ajudar a sua chapa a "elevar a USP a novos patamares de qualidade"

Na chapa dela, o candidato a reitor é o ex-superintendente de relações institucionais da gestão Rodas, Wanderley Messias da Costa, que possui cargos na administração da USP desde 1987.

Segundo a Folha apurou, essa chapa, registrada como "Mantendo o Rumo", terá nos bastidores o apoio de Rodas.

Oficialmente, o reitor afirma que não apoiará ninguém. Quando era candidato, em 2009, Rodas teve a oposição de Vilela. Durante sua gestão, porém, eles se aproximaram.

Professora do campus de Ribeirão Preto, Vilela é vista como importante para angariar votos nas unidades do interior.

DESOCUPAÇÃO

A Justiça de São Paulo estabeleceu prazo de 60 dias para que os alunos da USP deixem a reitoria do campus Butantã, na zona oeste, invadido no dia 1º.

O prédio é ocupado por 500 alunos que se revezam. Em 2012, a USP tinha cerca de 92 mil alunos matriculados.

Na semana passada, uma liminar havia negado a reintegração de posse do prédio.

Outras duas chapas contam com professores que participaram da gestão Rodas (eles deixaram os cargos ao apresentarem as candidaturas).

Uma delas é encabeçada pelo então vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz; a outra, pelo ex-pró-reitor de pesquisa, Marco Antonio Zago.

A outra chapa é liderada pelo ex-diretor da Escola Politécnica, José Roberto Cardoso.

A eleição será em um turno, com cerca de 2.000 pessoas de conselhos da USP. Os professores são a maioria. A lista com os três primeiros colocados é enviada ao governador, a quem cabe a decisão.


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