Folha de S. Paulo


Professor de SP que faltar vai receber bônus menor

A Prefeitura de São Paulo decidiu diminuir o valor do bônus pago aos professores que tiverem faltas neste ano.

Até o ano passado, ausências ao trabalho poderia significar redução de até 50% no valor (pago geralmente em duas parcelas). Agora, o peso das faltas subiu para 90%.

Os outros 10% referem-se à proporção de vagas a estudantes ocupadas na escola (que antes eram 50%).

Desde que assumiu a prefeitura, a gestão Fernando Haddad (PT) tem dito publicamente que o número de ausências é uma das principais dificuldades para a melhoria no ensino no município.

Segundo a Folha apurou, em 2012, em média, cada professor faltou 30 dias.

Como no ano passado, a gratificação será de R$ 2.400. Terão o desconto professores que tiverem faltas por licença médica, abonadas, justificadas, injustificadas, para tratar de assuntos particulares ou os que se afastarem para outros órgãos.

Cada tipo de ausência tem um peso. A que impacta menos é a de licença médica. As referentes a assuntos particulares e afastamentos para outros órgãos são as com os maiores impactos.

Se o docente faltar quatro vezes ou mais devido a assuntos particulares, por exemplo, receberá até R$ 22. Se faltar dez vezes devido a licenças médicas, ganhará até R$ 1.728.

"Não vemos como uma punição a quem faltar, mas um incentivo à assiduidade", afirmou o secretário de Educação, Cesar Callegari.

Segundo ele, mesmo as faltas por licença médica descontarão do bônus porque a prefeitura criou um programa específico para melhorar a saúde dos docentes, que prevê ações como exames e vacinas aos educadores.

Os números apurados pela Folha mostram que 50% das faltas em 2012 ocorreram devido a motivos de saúde.

A primeira parcela do bônus será pago nos próximos dias. A segunda parcela será em janeiro de 2014 -quando haverá os eventuais descontos. Caso os cortes sejam maiores que essa parcela, haverá desconto no salário.

No ano que vem, será considerado ainda a nota das escolas no Ideb, exame federal a alunos da rede pública, aplicado a cada dois anos.(FÁBIO TAKAHASHI)


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