Folha de S. Paulo


USP quer que seus estudantes deem aulas em novo cursinho pré-vestibular

Projeto a ser votado na USP (Universidade de São Paulo) neste mês prevê que seus estudantes de graduação em licenciatura deem aulas de reforço a alunos do ensino médio público.

Conforme a Folha informou na edição desta quarta-feira (5), a universidade preparou uma proposta para aumentar a proporção de estudantes da rede pública entre seus calouros.

Entre as ações estão a criação de um cursinho pré-vestibular a mil alunos do ensino médio público, que chegaram próximos da aprovação no exame da Fuvest do ano anterior, mas não obtiveram a nota necessária.

Segundo a proposta, a ser votada neste mês, esses alunos teriam aulas por dez meses, nas dependências da USP, para estarem mais bem preparados para o próximo vestibular. Receberiam também um auxílio mensal de R$ 300.

A ideia é que o curso seja dado pelos alunos dos cursos de formação de professores da USP, com a supervisão dos docentes da universidade.

Segundo o projeto feito pela pró-reitoria de graduação, o programa tem uma "mão dupla", pois, além de ajudar alunos do ensino médio público, também permitirá que os graduandos adquiram experiência com a docência.

As mil vagas do cursinho serão distribuídas, equitativamente, entre os candidatos das três áreas em que se organizam os cursos da USP (biológicas, exatas e humanas).

A proposta prevê que o cursinho comece já neste segundo semestre, de forma experimental, com duração de cinco meses, com a participação de estudantes do município de São Paulo e da região metropolitana.

Ainda não estão definidos detalhes como quais graduandos participarão do projeto.

Na metade da década passada a USP também criou um cursinho pré-vestibular, localizado na zona leste da capital. Foi desativado após a proporção de aprovados na Fuvest ser baixa.

O modelo, porém, era diferente. Não pegava, por exemplo, estudantes que haviam chegado próximos à aprovação.

Em outra frente da nova proposta da USP, a universidade pretende aumentar o número de locais de prova, pois entende que boa parte da abstenção no vestibular vem de pessoas que não têm recursos para arcar com a condução até o local do exame.


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