Folha de S. Paulo


Professores municipais de SP protestam e decidem manter greve

Professores da rede municipal de São Paulo realizaram mais um protesto na tarde desta terça-feira e decidiram manter a greve iniciada no último dia 3.

A manifestação começou por volta das 14h30 e durou cerca de três horas. A categoria reuniu aproximadamente 2.000 pessoas, segundo estimativa da PM, e fechou o viaduto do Chá, na frente à sede da prefeitura. O sindicato da categoria, porém, aponta que o número de manifestantes pode ter chegado a 6.000.

De acordo com o Sinpeem --entidade que representa 55 mil dos 85 mil professores da rede municipal-- a categoria pede à prefeitura reajuste de 17% a todo o funcionalismo municipal. O percentual seria relativo à recomposição inflacionária relativa aos anos de 2011, 2012 e 2013.

O sindicato afirmou que no início das negociações, a prefeitura chegou a apresentar propostas de reajuste em cinco e, posteriormente, em três parcelas, mas com a recusa dos professores, as propostas foram retiradas da pauta. A categoria aponta que a prefeitura está "irredutível".

Vinicius Pereira/Folhapress
Professores da rede municipal de educação protestam na região central de São Paulo e decidem manter greve
Professores da rede municipal de educação protestam na região central de São Paulo e decidem manter greve

Em nota, a prefeitura informou ter formalizado hoje para todas as entidades sindicais, um conjunto de dez propostas e programas do governo. Ela aponta ainda que tem o compromisso de pagar aos professores, já neste mês de maio, aumento de 10,19% e mais 13,43% em maio de 2014.

O sindicato rebate, porém, afirmando que os percentuais anunciados pela prefeitura como reajuste representam na verdade o cumprindo de acordos firmados em 2010 e 2011 relativos à incorporação dos abonos complementares de pisos.

Os professores devem fazer uma nova assembleia na tarde da próxima sexta-feira (24), também no viaduto do Chá, na região central de São Paulo.


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