A proporção de alunos que estudaram em escolas públicas entre os aprovados no último vestibular da USP aumentou de 28,03 para 28,5%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela pró-reitora de graduação da universidade, Telma Zorn.
Ela afirmou que não ficou "totalmente satisfeita" com o desempenho, pois a expectativa era de um crescimento maior.
A USP é pressionada a aumentar a presença dos estudantes de escolas públicas entre os aprovados porque a rede pública representa 85% das matrículas do ensino médio.
Os dados foram divulgados num momento que a universidade discute outras ações de inclusão, como a criação de um curso intermediário ("colllege") para os alunos da rede pública. Os aprovados, depois, poderiam entrar na universidade. A medida, porém, ainda não foi aprovada.
Atualmente, alunos que se formaram nos ensino fundamental e médio na rede pública podem conseguir bônus no vestibular de até 15% no vestibular. Os que cursaram apenas o médio podem obter até 8%.
Zorn afirma que uma alternativa estudada é aumentar esses percentuais, para que cresça o número de alunos de escolas públicas entre os aprovados, sem que se altere muito o nível acadêmicos dos ingressantes. A mudança, porém, ainda precisa ser aprovada pela instituição.
Outra possibilidade citada pela pró-reitora é dar alguma pontuação extra a alunos que tenham se destacado em Olimpíadas de conhecimento, como as de física ou de matemática.