Folha de S. Paulo


Alunos do Mackenzie dizem que curso mal avaliado pelo MEC é bom

Apesar da má avaliação por parte do MEC (Ministério da Educação), estudantes de arquitetura do Mackenzie ouvidos pela Folha consideram o curso bom e elogiam os docentes.

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O ministério divulgou ontem uma lista de cursos superiores que tiveram nota insatisfatória no CPC (Conceito Preliminar de Curso) em 2011. Ao todo, 38 cursos de 21 instituições de ensino estão entre as mal avaliadas, entre eles arquitetura e urbanismo do Mackenzie.

"Acho que a qualidade do curso não é questionável. Ele prepara bem para o mercado", afirma Felipe Alves, 21, do terceiro ano.

Anna Rossi, 21, que fazia parte do diretório acadêmico em 2011, ano em que foi aplicado o Enade, diz que a principal queixa de alunos e estudantes é em relação à administração da universidade.

"Até por isso, na época se cogitou fazer um boicote, mas, no fim, não houve um movimento, apenas boicotes individuais."

Para Tito Livio Frascino, professor de projeto na Faculdade de Arquitetura desde 1972, a nota ruim não afeta a imagem o curso.

"A confiabilidade tem que ser medida pela sua história e tradição. Temos um corpo docente de excelente reputação, formamos ótimos arquitetos. Eu mesmo tenho dois mackenzistas no meu escritório."

Quanto à questão da dedicação integral dos docentes --o Mackenzie tem um baixo número em comparação aos melhores avaliados--, Frascino justifica: "É importante que os professores das aulas práticas atuem no mercado. Com isso, fica difícil pedir exclusividade ao ensino". (ANDRESSA TAFFAREL E FERNANDA KALENA)


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