Após três anos da apresentação do projeto de revitalização do calçadão do centro de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), em agosto de 2011, a prefeita Dárcy Vera (PSD) ainda não conseguiu concluir a obra.
A direção da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) diz que, por causa dos atrasos, a queda no movimento do comércio chegou a 40% em alguns estabelecimentos.
De acordo com a instituição, o prazo para entrega era dezembro de 2012. Por causa disso, os comerciantes precisaram se readequar a realidade dos últimos anos, dividindo o espaço com os trabalhadores da obra.
Apesar disso, eles dizem acreditar que a revitalização "será fundamental para tornar o centro mais atrativo."
Na saúde, o ano foi marcado por mortes suspeitas, como a da estudante Gabriela Zafra, 16, que morreu vítima de meningite em maio. A família dela diz ter passado por cinco atendimentos em três unidades, sem que a doença tenha sido diagnosticada.
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou que investiga quatro mortes.
O líder da oposição na Câmara, Marcos Papa (sem partido), diz que os problemas são resultado "da incompetência da administração e de falta de planejamento".
Já o presidente da Câmara, Walter Gomes (PR), disse que o "serviço público não é igual ao privado". Ele afirmou ainda que a atual administração faz um "bom trabalho" em Ribeirão Preto, apesar dos problemas enumerados.
Já com relação à falta de água, até grupos nas redes sociais foram criados para reunir as reclamações.
Rodrigues Gallo, supervisor de um clube de futebol da região, criou uma das páginas. "Com a publicação de várias reclamações, o número de participantes foi aumentando e, hoje, a página serve para postar reclamações e, ao mesmo tempo, denunciar vazamentos."
Apesar dos usuários relatarem dificuldades, a Prefeitura de Ribeirão informou que a falta de água nos bairros é pontual.