Duas UBDSs (unidades básicas distritais de saúde) de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) ficarão sem pediatras, por até 36 horas, até o domingo (4), por causa de férias e o número insuficiente de médicos na escala da prefeitura.
A informação é da própria Secretaria da Saúde, que divulgou nota sobre o assunto nesta terça-feira (30).
De acordo com a secretaria, a UBDS Sumarezinho, na zona oeste, não terá pediatras para o atendimento médico de crianças das 19h desta quarta (31) até as 19h da quinta (1º).
Os pacientes desta região deverão buscar atendimento na UBDS Vila Virgínia, de acordo com a prefeitura.
Já a UBDS Quintino 2, na zona norte, ficará sem pediatra das 7h do sábado (3) até as 19h do domingo (4). De acordo com a prefeitura, o atendimento desta especialidade será direcionado à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da avenida Treze de Maio.
Segundo a nota divulgada pela Secretaria da Saúde, a cobertura de escala de pediatria na rede municipal nos finais de semana está insuficiente.
A nota trouxe ainda uma declaração do secretário da Saúde, Stenio Miranda, que diz que os problemas se agravaram com as férias de vários profissionais.
Segundo a Secretaria da Saúde, há concurso público e processo seletivo abertos para contratação de novos profissionais para a cobertura das escalas de pronto-atendimento.
INVESTIGAÇÕES
Ao longo de 2014, ao menos três sindicâncias internas foram abertas para apurar suspeita de negligência no atendimento de pacientes que procuraram a rede municipal e morreram na sequência.
Além das investigações internas, outras apurações foram conduzidas, para os mesmos casos, por órgãos como o Cremesp (Conselho Regional de Medicina), a Câmara de Ribeirão, a Polícia Civil e o Ministério Público.
O caso de maior repercussão foi o da estudante Gabriela Zafra, 16. Ela morreu em maio na UPA devido a uma meningococemia (infecção bacteriana) depois de ter buscado cinco atendimentos em três postos de saúde de Ribeirão Preto.
Há também o caso de Laís Balan, 28, que morreu em março após ter sido atendida na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) Central e liberada sem ser diagnosticada.
Já o caminhoneiro Fernando Garcia, 55, morreu no dia 4 de outubro. Ele teve de retirar o rim direito após complicações causadas por uma infecção não identificada em quatro consultas feitas na UPA