Mesmo com a chuva insuficiente para garantir o abastecimento, municípios da região de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) suspenderam o racionamento de água por não terem onde armazená-la.
Em Bebedouro (a 381 km de São Paulo), um dos reservatórios da cidade transbordou após uma chuva de 40 milímetros no início do mês. Com isso, a prefeitura cancelou o racionamento para retomá-lo dois dias depois.
Olímpia e Santa Rita do Passa Quatro (a 253 km de São Paulo), que também adotaram racionamento, suspenderem o corte ao menos três vezes neste mês devido ao alto nível dos reservatórios de água em função da chuva.
Em nota, a Prefeitura de Olímpia (a 434 km de São Paulo) disse que o racionamento é suspenso quando o reservatório está cheio, mas ele pode ser retomado a qualquer momento com a queda do nível de água reservada.
Em Cravinhos (a 294 km de São Paulo), o reservatório da cidade também chegou ao limite e a prefeitura suspendeu o racionamento adotado.
Mesmo sem conseguir reservar a água, os municípios admitem que o volume de chuvas acumulado no ano ainda está abaixo do que era esperado para o período.
Para Antonio Carlos Zuffo, especialista em hidrologia e gestão de recursos hídricos pela Unicamp, o poder público não se planejou para a estiagem.
"Achavam que não era preciso reservar água. Esse ano foi importante para conscientizar, porque devemos ter pouca chuva nos próximos 30 anos", disse.
Paulo Finotti, vice-presidente do comitê da bacia hidrográfica do rio Pardo, disse que a falta de reservação deixa as cidades vulneráveis a qualquer problema técnico na captação.