Folha de S. Paulo


Clube tradicional de Franca aposta em salões de festa para pagar custos

Para tentar resgatar os sócios, clubes de Franca (a 400 km de São Paulo) apostaram em reduzir o valor do título, reformar as instalações e até mesmo abrir salões de festa.

O Clube dos Bagres, por exemplo, está em reforma. A intenção do presidente do clube é construir dois salões de festa que possam ser alugados e, assim, gerar recursos ao clube.

O clube vive atualmente com cerca de 50 sócios que utilizam esporadicamente a sauna e a academia. No auge, o Bagres chegou a ter três unidades –hoje só tem uma– e mais de 3.000 sócios, nas décadas de 80 e 90.

Silva Junior/Folhapress
Ginásio de esportes do Clube dos Bagres, em Franca, que aposta em salões de festa
Ginásio de esportes do Clube dos Bagres, em Franca, que aposta em salões de festa

O presidente, Victor de Andrade, 72, disse que não há dívidas, mas que o quadro de funcionários e a receita são diminutos.

Também em Franca, o clube Castelinho conseguiu driblar a crise, de acordo com o diretor social, Luís Bovério.

Fundado em 1909, o clube tem atualmente 4.000 sócios, mas chegou a ter só 600, há oito anos.

"Houve redução no valor do título e reforma da academia e da lanchonete, além da abertura de novas modalidades esportivas", afirmou.

Já em Sacramento (MG), o Águas do Vale está em processo de revitalização, segundo o gerente Marco Aurélio Mezadre Falcão.

Uma assembleia em junho, com os sócios-fundadores, decidiu pela cobrança de uma taxa de melhoria que está custeando a reforma.

O clube, que também tem hotel, já teve metade dos seus 65 apartamentos remodelados. As piscinas também passaram por manutenção.

"Muita gente pensava que o hotel estava fechado, mas estamos resgatando esse público", afirmou o gerente do clube.

O Águas do Vale explora a localização estratégica do hotel –ao lado da represa de Jaguara, assim como Rifaina, e às margens do rio Grande, a empresa conta com a natureza para tentar atrair turistas.


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