Folha de S. Paulo


Pela 7ª vez, defesa de padrasto do menino Joaquim tenta revogar prisão

A defesa de Guilherme Raymo Longo, acusado de matar o enteado Joaquim Ponte Marques, 3, em novembro do ano passado em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), pediu novamente a revogação da prisão preventiva dele.

É a sétima vez que a defesa tenta libertá-lo. O advogado Antônio Carlos de Oliveira fez o pedido nesta segunda (15) na 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais, sob alegação de excesso de prazo para o encerramento da atual fase do processo.

"A instrução processual leva 90 dias, mas ele está preso há 13 meses", afirmou o advogado. Longo está preso na penitenciária de Tremembé (a 147 km de São Paulo).

O padrasto já teve seis pedidos de habeas corpus negados. O último foi em setembro, pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O problema, segundo Oliveira, é a indefinição sobre a data em que Longo será interrogado pela Justiça pela primeira vez.

As audiências de testemunhas de acusação e defesa foram feitas em agosto e setembro, mas ainda faltam serem ouvidas outras duas pessoas, em Uberaba (MG) e Brasília (DF), que ainda não foram localizadas.

"[Longo] está sofrendo todos os traumas dentro da prisão", afirmou o advogado.

Assim como o padrasto, a mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, também não foi ouvida pela Justiça.

Acusada de omissão pela polícia e o Ministério Público, Natália ficou presa em Tremembé, mas obteve a liberdade provisória em janeiro do ano passado. Desde então, vive com os pais e o filho do casal em São Joaquim da Barra (a 382 km de São Paulo).

Passado mais de um ano da morte da criança, ainda não há prova irrefutável ou confissão do casal sobre o assassinato de Joaquim.


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