Folha de S. Paulo


Demitidos em Ribeirão eram ligados a contrato com parecer irregular

Parte dos funcionários da empresa Atmosphera que prestavam serviço à Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) e que foram demitidos nesta quinta-feira (11), foram convocados por meio de um contrato considerado irregular pelo Ministério Público de Contas.

O contrato foi feito por meio da Coderp (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto), uma empresa pública de economia mista responsável pelo processamento de dados da prefeitura e circulação do "Diário Oficial" do município.

Os problemas no contrato começaram na licitação. Em 2012, a Folha revelou que duas empresas, pertencentes a mãe e filho, disputaram entre si ao menos seis licitações da Coderp desde 2009, quando a prefeita Dárcy Vera (PSD) assumiu o governo.

O caso foi investigado pelo Ministério Público Estadual e o TCE (Tribunal de Contas do Estado), que apontou que falta de provas para a demanda do serviço e terceirização indevida. O termo de rescisão do contrato foi assinado de forma amigável no dia 16 de outubro.

As demissões atingiram diversos setores da prefeitura. Em nota, Davi Mansur Cury, superintendente da Coderp, afirmou que a companhia está tomando providências para a continuidade da prestação de serviços, mas citou uma resolução da prefeitura que estabelece a contenção de despesas.

Na nota, afirmou também que a Coderp encaminhou um ofício a prefeitura em que garante a continuidade dos serviços contratados, sem que a população tenha prejuízos.

Questionado, Cury não informou quantas demissões foram feitas.


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