Folha de S. Paulo


Fechado, parque fica sem projeto cultural em Ribeirão Preto

Projetos socioeducativos e investimentos deixaram de ser realizados na maior parte dos parques públicos de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) por falta de manutenção ou fechamento dos espaços de lazer.

Com o fechamento do parque Maurilio Biagi há cinco meses, após uma infestação de carrapatos, projetos de cultura como o Contação de Histórias, realizado para crianças aos domingos, foi paralisado.

O secretário da Cultura, Alessandro Maraca, disse que o projeto educativo não foi levado para outro lugar porque a expectativa era que o parque não ficasse fechado por muito tempo.

"A gente achou que o fechamento do parque era por pouco tempo. Porque, quando o projeto acontecia em outros parques, o público era bem menor", disse Maraca.

Um projeto de dança de hip-hop também ficou sem espaço para as atividades. Segundo Maraca, no sábado (13) eles devem se reunir na praça Alto do São Bento.

A prefeitura informou que um novo laudo feito nesta semana constatou que o parque continua com focos do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, que, se não tratada, pode matar.

Edson Silva/Folhapress
Parque Tom Jobim, em Ribeirão Preto, com alambrado danificado e falta de manutenção
Parque Tom Jobim, em Ribeirão Preto, com alambrado danificado e falta de manutenção

O carrapato é levado até o parque pelas capivaras que frequentam os córregos da região. Uma das medidas foi impedir os animais de entrar no espaço. A prefeitura não informou quando o parque será reaberto.

Outro parque que permanece sem previsão de reabertura é o Roberto de Mello Genaro. O local está fechado há 14 meses, desde que um temporal provocou o deslizamento de pedras.

A prefeitura também informou não ter previsão de liberação do uso de bicicletas na parte superior do parque Prefeito Luiz Roberto Jábali, o Curupira. A proibição ocorreu depois que uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida ao cair no local.

No entanto, não informou se está fazendo algum estudo ou modificação para tornar o local mais seguro.

O parque Tom Jobim sofre com a falta de manutenção –com alambrados, bancos e quiosques quebrados– e de segurança. Segundo moradores, o local é utilizado como ponto de tráfico de drogas.

Além disso, duas academias adaptadas para deficientes físicos, que deveriam já ter sido instalados nos parques Tom Jobim e Maurilio Biagi, ainda não foram licitadas. A prefeitura não informou quando a concorrência será aberta. Dos parques, apenas o Luiz Carlos Raya abre normalmente.


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