Folha de S. Paulo


Instaladas em parque de Ribeirão, muretas não impedem entrada de capivara

Usadas nas provas da Stock Car, as muretas de concreto instaladas pela Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) no parque Maurilio Biagi para impedir o acesso de capivaras não funcionou.

O parque está fechado desde julho por causa de uma infestação de carrapatos-estrela, trazidos pelas capivaras.

Segundo a secretária da Infraestrutura, Isabel de Farias, os filhotes dos animais ainda conseguiam acessar o parque por meio de espaços entre uma mureta e outra.

Na última terça-feira (2), estes espaços foram fechados com telas e o local será monitorado por dois dias, de acordo com a secretária.

"Vamos verificar se as capivaras continuam conseguindo entrar e circular no parque", afirmou.

Caso o bloqueio seja constatado, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) fará uma nova inspeção sobre a infestação de carrapatos no local.

Se for confirmado que os animais não entram mais no parque, ele poderá ser novamente aberto à população, segundo Isabel.

Ainda não há, no entanto, previsão para a sua reabertura.

Silva Júnior/Folhapress
Defensas de concreto instaladas no parque Maurilio Biagi para tentar impedir a entrada de capivaras
Defensas de concreto instaladas no parque Maurilio Biagi para tentar impedir a entrada de capivaras

A instalação das muretas é uma medida provisória.

A prefeitura tem como objetivo implantar um alambrado de 1,5 metro de altura nas margens do córrego Laureano, dentro do parque.

O problema é que já foram abertas duas licitações para a contratação de empresa, mas não houve interessados na concorrência.

Por isso, a prefeitura deverá fazer a contratação sem licitação. O processo já foi iniciado, segundo a secretária.

"Nossa preocupação é com a saúde da população. Enquanto não houver segurança, o parque permanecerá fechado", afirmou.

Nos humanos, a picada do carrapato-estrela pode transmitir a febre maculosa e levar à morte.

Esta não foi a primeira vez que o parque fecha pelo mesmo problema –em 2011, houve uma infestação.

Funcionários foram picados e uma morte foi registrada pela doença na cidade.


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