A Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os fornecedores e prestadores de serviço são pagos de acordo com a ordem cronológica das notas de serviço.
A administração da prefeita Dárcy Vera (PSD) ainda informou que nenhuma secretaria ou serviço é priorizado na ordem de pagamentos.
O secretário da Cultura, Alessandro Maraca, afirmou que a pasta era uma das que mais sofriam com a crise financeira da prefeitura.
"Como nossos serviços não se enquadram como essenciais, eles são deixados para serem pagos por último. Isso traz prejuízo para nós, porque perdemos a confiança de fornecedores que estão há anos com a gente", disse.
Questionada sobre o pagamento dos valores atrasados, a prefeitura não respondeu. Também não informou quando os fornecedores devem receber o que devem.
Em nota, a prefeitura informou que a dívida com fornecedores é de R$ 64 milhões, ou R$ 4 milhões a mais que o valor divulgado em outubro.
No começo deste mês, Dárcy anunciou medidas para tentar estancar o aumento do valor. O pacote contra a crise incluiu o bloqueio de investimentos e o corte de gastos.
Foi a segunda vez no ano que a prefeita anunciou corte de gastos.
Em janeiro, ela já havia determinado corte nas secretarias. Juntas, as pastas reduziram R$ 27 milhões em gastos.
O governo alega que a dívida cresceu devido à queda na arrecadação neste ano.