Folha de S. Paulo


Sem público, Franca Basquete vai recorrer a empresas para salvar time

No segundo jogo em casa após anunciar sua crise financeira, o basquete de Franca (a 400 km de São Paulo) não conseguiu atingir a meta de torcedores que, segundo a diretoria da equipe, seria a necessária para salvar o time da falência.

Na derrota para Paulistano, pelo NBB (Novo Basquete Brasil), na noite desta quinta-feira (20), o número de torcedores pagantes foi de 3.018 pessoas. Já na terça-feira (18), a partida contra a Liga Sorocabana teve apenas 1.971 pagantes no ginásio Pedrocão.

De acordo com a diretoria do time, seria necessário um público de 4.000 pessoas durante todas as partidas em casa pelo NBB para que o time tivesse dinheiro suficiente para se manter.

O presidente da equipe, Alexandre Lima Rezende, disse que vai se reunir com empresas da cidade na próxima semana para definir um plano para aumentar o número de torcedores no Pedrocão.

"A ideia é que as empresas comprem os ingressos e distribuam para clientes, escolas ou em promoções", disse Rezende.

O presidente, no entanto, comemorou o aumento no número de torcedores entre os dois últimos jogos disputados em casa. "Houve um bom aumento e a ideia é que isto vá crescendo gradativamente", afirmou.

O time acumula uma dívida estimada em R$ 1 milhão e está com salários atrasados. A equipe perdeu em agosto seu patrocinador master, a Vivo.

Para superar a crise, o time também está realizando uma 'vaquinha' on-line que até esta sexta-feira (21) arrecadou R$ 13.527.

Além disso, desde que tornou sua crise pública, o time angariou 250 novos sócios-torcedores e a contribuição de oito empresas locais.

Com estes incentivos, o time conseguiu colocar em dia o salário do elenco atual que estava atrasado, segundo Rezende.

Atualmente, o Franca Basquete é o quarto colocado no NBB com quatro vitórias em seis jogos disputados. A próxima partida é nesta quarta-feira (26) contra a equipe de Limeira (a 151 km de São Paulo), na casa do adversário.


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