Após 11 meses de operação tapa-buraco, a Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) vai fazer um 'censo' dos buracos da cidade.
O levantamento será realizado por meio um convênio com universidade locais para mapear a situação do pavimento de todas as ruas e estudar as alternativas.
Coordenado pelo professor José Leomar Fernandes Júnior, do departamento de Engenharia de Transportes da USP São Carlos, a pesquisa deve demorar um ano.
"Nosso trabalho vai analisar a situação de cada pavimento para que possamos apontar a melhor intervenção para o trecho. Para, assim, economizar recursos", disse.
| Silva Junior - 29.out.2014/Folhapress | ||
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| Carros e moto trafegam próximo de buraco na avenida Monteiro Lobato, em Ribeirão |
Iniciado em janeiro, depois de um ano sem ser feito, o serviço de tapa-buraco é alvo de críticas. Locais que já foram reparados voltaram a ter problemas e as principais vias continuam esburacadas.
Julio Curvo, associado do Observatório Social de Ribeirão Preto e um dos responsáveis pelo convênio, disse que a falta de gerenciamento da qualidade do que é feito compromete o resultado final.
"Todas as ações do poder público [para resolver o problema de buracos] chegaram a um ponto crítico. Sem fiscalização e sem o serviço adequado, não é possível cobrar uma eficiência", disse Curvo.
Segundo a secretária de Infraestrutura, Isabel de Faria, o levantamento será feito nos cerca de 30 mil quarteirões.
"Esse levantamento vai nos permitir fazer um planejamento não só de reparo, mas também de conservação. Hoje, o que a gente faz é só o emergencial", disse Isabel.
Para a secretária, o "grande vilão" da cidade para solucionar o problema são os vazamentos e redes do Daerp (departamento de água).
"As redes de esgoto, pluvial e de água são velhas, assim como a cidade, que tem mais de 150 anos. Está tudo envelhecido", disse Isabel.