A supervisora de ensino da Secretaria da Educação de Borborema (a 377 km de São Paulo), Valdirene Martins Carvalho, 43, disse nesta quarta-feira (29) que foi "salva" do acidente com o ônibus por um defeito no equipamento de ar-condicionado do veículo.
"Fui salva por uma providência divida. Não era para eu estar naquele ônibus. Fiquei aqui para cumprir uma missão. A missão de organizar [o velório], ajudar e dar apoio às famílias", afirmou a professora à reportagem.
De acordo com a supervisora, um dispositivo localizado no teto do ônibus –o mesmo que se envolveu no grave acidente–, que direciona o ar frio aos passageiros, teve problemas.
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| A supervisora de ensino da Secretaria de Educação de Borborema Valdirene Martins Carvalho, 43 |
Por isso, ela optou por viajar em um outro ônibus da excursão.
Ao todo, três veículos fizeram a viagem do município a São Paulo, levando 111 pessoas, entre estudantes, professores, mães de alunos e monitores, como Valdirene, que ajudam a cuidar dos alunos em viagens.
O ônibus levou adolescentes e professores da escola estadual Dom Gastão Liberal Pinto para visitaram a Bienal e assistirem a uma apresentação da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) no Teatro Municipal.
Entre os mortos estão três professores, a diretora de uma escola e sete alunos.
As aulas na escola estadual só serão retomadas na segunda-feira (3).
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, as aulas perdidas na escola serão repostas.
Todas as escolas do município suspenderam as aulas nesta terça (28) e quarta-feira (29). As aulas serão retomadas nesta quinta-feira (30) em toda a rede municipal e em duas escolas do Estado.
O prefeito de Borborema, Virgilio do Amaral Filho (PSDB), disse, em missa no ginásio municipal, que a cidade está "triste" e desejou conforto a cada morador.
"Borborema está muito triste. Estamos aqui, chorando algo que nunca aconteceu na história da nossa cidade. Que Deus conforte cada morador de Borborema e de quem veio aqui sentir nossa dor."