Folha de S. Paulo


Vigilante morre em Franca depois de 8 pedidos de internação negados, diz família

O vigilante Renato Rodrigues de Oliveira, de 36 anos, morreu de meningite na noite da última sexta-feira (17), em Franca (a 400 km de São Paulo), depois de ter tido oito pedidos de internação rejeitados, segundo familiares.

De acordo com a sogra de Oliveira, Sebastiana Cristal do Nascimento, 59, o vigilante começou a sentir febre e fortes dores na cabeça em 1º de outubro, quando foi atendido no pronto-socorro municipal Doutor Álvaro Azzuz.

"Nas primeiras consultas, os médicos tentaram interná-lo, mas diziam que não tinha vaga. Explicaram que só iam descobrir o que ele tinha no hospital", disse Sebastiana.

Ela afirmou que depois de dias indo à unidade sem obter internação e sem saber o que o vigilante tinha, a família decidiu arcar com uma consulta particular, onde a meningite teria sido detectada.

Após insistência do médico particular e novo pedido no pronto-socorro, Oliveira foi internado no dia 8 de outubro e depois de uma semana morreu.

A viúva de Oliveira, Priscila Cristal, se disse abalada e não quis dar entrevista sobre a morte do marido. A sogra, no entanto, afirmou que a família acredita que a demora para a internação diminuiu as chances de sobrevivência do vigilante.

A Santa Casa informou, por meio de assessoria, que Oliveira deu entrada no hospital com febre e cefaléia. Os exames feitos no local apontaram meningite viral. A instituição não comentou as negativas pelas vagas.

A Prefeitura de Franca não se posicionou sobre o caso até 15h45 desta segunda.


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