Calçadas e ruas em frente aos locais de votação amanheceram sujos em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), com 'santinhos' e panfletos de candidatos.
Escolas da região central não acumularam tanta sujeira quanto nos bairros, principalmente, os da periferia.
No Ipiranga, por exemplo, a calçada da escola estadual Francisco Bonfim estava forrada de papéis, que acabaram 'invadindo' a garagem da casa do pintor Regis Francisco, 33.
"Vou passar o dia varrendo aqui, tirando este lixo da garagem, como na última eleição municipal", afirmou. Segundo ele, em 2012 a limpeza do local demorou cerca de um mês para ser feita.
A mulher dele, a vendedora Jéssica Sant'ana, 23, disse que os papéis foram lançados durante a madrugada, de dentro de carros.
Nos Campos Elíseos, a situação era semelhante em frente à escola estadual Dom Alberto José Gonçalves. Ali, a rua lateral da escola também acumulava um grande volume de 'santinhos' no chão.
"É uma anti propaganda. Só serve para sujar a rua", disse a professora aposentada Carmen Ramos, 54.
No entanto, a Folha também encontrou eleitores que procuravam pelos números dos candidatos entre os papéis jogados. "É que eu esqueci o número", disse o vendedor ambulante Alexandre Garcia, 34.
Já nas escolas do centro, como na escola estadual Otoniel Mota e no colégio Marista, onde votam os moradores das classes média e alta de Ribeirão Preto, o volume de papéis na calçadas era menor.
Em nota, a Coordenadoria de Limpeza Urbana da prefeitura informou que uma equipe, formada por 90 pessoas, deverá iniciar os serviços de limpeza nesta segunda-feira (6) e a previsão é de que sejam finalizados em cinco dias.