Folha de S. Paulo


Unesp de Franca não consegue acordo para fim de greve de estudantes

A Unesp não teve êxito na tentativa de encerrar greve de estudantes do campus de Franca (a 400 km de São Paulo) nesta terça-feira (30).

A instituição pretendia convencer os alunos pelo fim do "cadeiraço", iniciado há oito dias, com a votação do calendário de reposição das aulas interrompidas com a greve de professores.

Em votação da Congregação, órgão que reúne representantes de todas as classes do campus, ficou definido que o calendário de reposições passou a valer nesta segunda-feira (29) e, segundo os estudantes, não contempla as reivindicações.

"A discussão do calendário é só uma das nossas pautas", afirmou Andreas Paiva, 22, membro do centro acadêmico de direito.

Os estudantes reivindicam também melhorias nos benefícios dados aos alunos, como auxílios com moradia, alimentação e transporte.

As aulas estão impedidas de acontecer em função de pilhas de cadeiras nas portas das salas, impedindo acesso de professores e estudantes.

Estão permitidas somente aulas dos cursos de pós-graduação e eventos que já estavam agendados.

Uma assembleia de estudantes nesta quarta-feira (1º) deve decidir pela continuidade do "cadeiraço". A ação ocorre apenas em Franca.

Paiva criticou a reitoria da Unesp. Segundo ele, ela não avalia suas reivindicações.

"Temos até um diálogo com a diretoria do campus, mas a reitoria tem sido intransigente", afirmou.

O estudante disse que os alunos não puderam se manifestar durante a reunião desta terça-feira.

A Unesp de Franca tem 1.821 estudantes distribuídos nos cursos de direito, história, relações internacionais e serviço social.

Por meio de nota de sua assessoria de imprensa, a Unesp informou que nesta quarta também haverá uma reunião entre grevistas e direção durante a tarde.


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