Folha de S. Paulo


Skaf se 'multiplica' com ajuda de filhos em campanha pelo interior de SP

Na tentativa de "chegar" à maioria das cidades paulistas, o candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, conta com seus cinco filhos para "multiplicar" a campanha eleitoral.

Essa é uma das saídas para ampliar a imagem do candidato, que aparece em segundo lugar nas pesquisas, atrás do governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB).

Na prática, os cinco filhos -todos homens, com idades entre 30 e 34 anos- agem como se fossem candidatos: participam de comícios e carreatas, muitas vezes acompanhados de cabos eleitorais, e dão entrevista a rádios e TVs locais no lugar do pai.

"Partiu totalmente da gente, ele [Skaf] ficou muito emocionado com a iniciativa. Pensei, 'acho que o papai queria estar no maior número de regiões possíveis'. É estar onde ele não possa", disse Gabriel Skaf, 31, o penúltimo filho.

Apesar da participação direta dos irmãos, todos são unânimes: não pretendem se lançar na política. Trabalham em empresas próprias ou negócio da família.

Mas Gabriel é considerado um político em potencial, apesar de negar. Ele é o único filiado a algum partido político, o PMDB do pai.

Edson Silva/Folhapress
Paulo Skaf Filho, filho do candidato ao governo de São Paulo Paulo Skaf (PMDB), dá entrevista em programa de TV, em Ribeirão Preto
Paulo Skaf Filho, filho do candidato ao governo de São Paulo Paulo Skaf (PMDB), dá entrevista em programa de TV, em Ribeirão Preto

"Ele fala muito bem, é articulado", afirmou o primogênito, Paulo Skaf Filho, que leva o nome do pai e a semelhança física.

Skaf Filho esteve na última quinta-feira (25) em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) participando de uma maratona de entrevistas a veículos de comunicação locais.

Tímido, participou ao vivo de um programa na TV, sempre orientado por uma assessora. A passagem pela região durou dois dias: além das entrevistas, esteve com lideranças políticas e sociais.

"Já estou me acostumando. Participei de uma carreata, foi engraçado", disse.

Cada filho ficou responsável por uma região do Estado. Nos discursos e entrevistas, eles falam da relação familiar, das tentativas dos pais em ter uma filha mulher e do trabalho do pai frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

"A gente quer levar a mensagem dele, que nós sabemos traduzir e conhecemos. Fomos criados jogando bola na rua, hoje nossos filhos não têm mais isso", disse o segundo filho, André, 33.

Sobre as pesquisas, que apontam uma possível vitória de Alckmin no primeiro turno, os irmãos Skaf se dizem otimistas e pontuais.

"Não é isso que sentimos na rua. Estou muito animado. Você vai ver, depois das eleições nos falamos de novo", disse Gabriel.


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