Estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Franca (a 400 km de São Paulo) realizaram pelo segundo dia consecutivo um "cadeiraço" no campus da cidade para impedir o reinício das aulas na instituição nesta terça-feira (23).
O movimento, que começou na segunda-feira (22), tem objetivo de pressionar a instituição a atender reivindicações dos alunos, entre elas a ampliação dos auxílios concedidos aos universitários –como moradia estudantil e ajuda de custo na alimentação e transporte.
As aulas não ocorrem porque cadeiras foram dispostas em corredores e em frente às salas de aula.
Segundo o estudante Andreas Paiva, 22, do Centro Acadêmico de Direito, não há prazo para que a manifestação termine. A decisão de interromper as aulas foi tomada durante uma assembleia estudantil feita na segunda.
As aulas estavam previstas para começar na segunda-feira (22), após a maior paralisação da história da instituição, que terminou na última sexta-feira (19).
"As reivindicações dos estudantes não foram discutidas. Foram contemplados apenas os pedidos dos professores e dos servidores, mas a pauta dos alunos não foi negociada", disse Paiva.
Ele afirmou que alguns eventos acadêmicos e de grupos de extensão estão ocorrendo à noite nas salas porque já haviam sido previamente marcados. De acordo com o aluno, o movimento não quer prejudicar essas atividades. A restrição ocorre apenas em relação às aulas.
A Unesp de Franca tem 1.821 estudantes distribuídos nos cursos de direito, história, relações internacionais e serviço social.
A assessoria de imprensa da Unesp informou que cerca de 30 alunos participam da manifestação.
Apontou ainda que a direção da instituição solicita aos estudantes que não queiram aderir à paralisação que compareçam nas assembleias estudantis para marcar seu posicionamento.
A Unesp informou também que as reivindicações feitas pelos alunos estão sendo "devidamente discutidas e encaminhadas pela instituição".