Folha de S. Paulo


Após pressão, prefeito de Araraquara adia para 2015 reajuste da água

Após pressão popular e de vereadores da oposição, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) voltou atrás da decisão de reajustar em até 15% a tarifa da água em Araraquara (a 273 km de São Paulo), prevista para outubro.

Nesta sexta-feira (19), o prefeito anunciou que o reajuste será feito ano que vem.

A alta seria aplicada em decorrência da transferência do serviço de coleta e transporte de lixo do governo ao Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos).

O novo índice ainda será estudado pelo governo e deverá ser aplicado em acordo com o Ministério Público.

Na última segunda-feira (19), a bancada petista protocolou na Promotoria um pedido de investigação sobre a transferência do lixo para o Daae e o reajuste da tarifa.

A decisão de não reajustar a tarifa este ano foi tomada após Barbieri se reunir com os vereadores aliados Aluísio Braz (PMDB) e Edna Martins (PV), na quinta (18).

Ambos levaram ao prefeito uma reivindicação da própria base governista, que aprovou o reajuste em sessão polêmica no dia 9.

Nesta sessão, além da tarifa da água, foi aprovado o aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis e Inter-Vivos) e do ISS (Imposto Sobre Serviços).

Os reajustes dos demais impostos continuam valendo. De acordo com a prefeitura, os novos índices seguem a inflação.

Em 11 meses, a prefeitura aprovou pela terceira vez a alta da tarifa da água. No início do ano, o aumento foi de 6%.

O município enfrenta uma crise financeira e tem registrado problemas nas áreas da saúde e educação.


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