A lagoa Maravilha, em Serrana (a 313 km de São Paulo), secou quase que completamente e causou uma mortandade de peixes. O local sofre com a estiagem recorde que atinge a região de Ribeirão Preto neste ano e também com a erosão provocada pela falta de mata ciliar.
Se a lâmina de água com menos de 50 centímetros de profundidade que havia já despertava a preocupação antes mesmo do início da seca, ir ao local hoje é sinônimo de achar peixes mortos secos sobre a terra rachada, em meio à ossada de uma ave.
Da lagoa, resta só uma pequena poça. Segundo o coordenador de meio ambiente de Serrana, Rogério Novaes, o local era habitado por tilápias e garças costumavam caçar.
Sobre a seca, ele disse que a lagoa é alimentada por uma mina de água sazonal e tem problemas na profundidade.
| Silva Júnior/Folhapress | ||
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| Peixes mortos na lagoa Maravilha, em Serrana, na região de Ribeirão, que secou devido à estiagem |
"A lagoa tem uma mata ciliar pequena hoje, mas antes não tinha nenhuma. Por conta da erosão, a chuva jogava sedimentos dentro dela e isso acabou criando uma lâmina de água rasa", disse.
O diretor do departamento de água da cidade, João Paulo Scodonho, disse que a lagoa Maravilha já havia secado há 40 anos.
Para que o local volte a ter água, ele disse que é preciso "conversar com São Pedro".
A lagoa fica em uma propriedade privada. Uma área vizinha a ela dará lugar a um loteamento. Como compensação ambiental, os donos vão ceder a área à prefeitura.
De acordo com a empresa San Marino, que faz a comercialização dos lotes, e a prefeitura, a cessão da área depende de questões burocráticas para se concretizar.
Segundo Novaes, a prefeitura projeta um parque no entorno da lagoa e pretende aumentar sua profundidade.