Folha de S. Paulo


Monitora escolar flagrada agredindo crianças é presa em Porto Ferreira

A monitora escolar Gislene Gomes, 46, filmada agredindo crianças de até dois anos em uma creche municipal de Porto Ferreira (a 228 km de São Paulo), se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (10).

No último dia 4, a Justiça havia decretado a prisão temporária dela, mas os policiais não a encontraram.

Gomes chegou acompanhada do advogado, Jorge Nery, e estava abalada, segundo o delegado Miguel Capobianco.

"Ela disse que não aguentava mais se esconder de casa em casa", afirmou o delegado.

Ela não foi ouvida formalmente. Gomes fez exame de corpo de delito no pronto-socorro Central e depois, foi apresentada à Justiça. De lá, seguiu para a cadeia pública de Ribeirão Bonito (a 263 km de São Paulo), onde permanecerá presa por 30 dias.

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Capobianco deverá ouvir o primeiro depoimento de Gomes em cerca de 15 dias.

"Até lá, quero ouvir novas vítimas, além da diretora e a supervisora da escola", disse.

A Folha ligou para o advogado da mulher, mas após a identificação da reportagem, a chamada caiu. Outras ligações foram feitas, mas não houve mais contato.

A mulher pode responder por maus-tratos, com pena de até um ano de prisão, e tortura –até oito anos.

A monitora responde por processo administrativo na prefeitura, que exonerou a diretora e a supervisora da creche, localizada no bairro Cristo Rei, por suposta omissão. Segundo denúncia de funcionárias, ambas já haviam sido alertadas das agressões e nada fizeram.

A filmagem das agressões foram feitas por uma microcâmera instalada na mochila de uma aluna de um ano e sete meses de idade após a mãe dela, Jucelaine Rodrigues, 33, desconfiar da mudança de comportamento da menina.


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