Folha de S. Paulo


Pró-Urbano busca receita de vale-transporte em Ribeirão Preto

O consórcio de ônibus Pró-Urbano, que presta o serviço de transporte coletivo em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), busca a receita da venda de vale-transporte para as empresas instaladas na cidade.

De acordo com pesquisa da empresa, do total de passageiros que pagam a passagem com dinheiro, 50% são assalariados e, portanto, deveriam receber vale-transporte.

Segundo Gustavo Vicentini, gestor do consórcio, 4,8 milhões de pessoas andam de ônibus por mês, em média, na cidade. Pela pesquisa, 456 mil trabalhadores pagam pela tarifa ao invés de usar o vale.

Considerando o preço atual da tarifa, de R$ 2,80, a receita seria de R$ 1,27 milhão. Esse dinheiro poderia entrar direto no caixa do consórcio com a venda dos vales às empresas.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho, 20 inquéritos foram abertos de janeiro a agosto deste ano para apurar os motivos das empresas não fornecerem vale-transporte aos trabalhadores.

O número equivale ao ano de 2012 inteiro e está a seis inquéritos de se igualar ao registrado no ano passado. A Procuradoria do Trabalho informou que o vale deve ser pago em passes.

O gestor do consórcio, Gustavo Vicentini, disse que a prática não é recomendada ao trabalhador. "A compra direta de passe é uma segurança."

O diretor do Ciesp (centro das indústrias de SP) de Ribeirão, Guilherme Feitosa, disse que não conhece empresas que pagam vale-transporte "por fora".


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