Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) teve o maior número de vagas fechadas para o mês de julho em 11 anos. A cidade perdeu 80 postos de trabalho, o maior número desde 2003, quando foram fechadas 155 vagas.
O setor com maior impacto no desempenho do município foi o de serviços, principal ramo de atividade em Ribeirão. Foram fechadas 47 vagas, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
"O serviço é o ponto forte do município, porque Ribeirão atrai pessoas das outras cidades com escolas, médicos, lazer", disse Claudio Miranda, Professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP.
"Esse era o único setor que resistia, mas depois de meses seguidos com a economia em baixa não foi possível segurar o mesmo número de empregos", disse Miranda.
O segundo setor com o maior número de vagas perdidas na cidade foi o da indústria, que perdeu 22 postos de trabalho.
Para Guilherme Feitosa, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) na região de Ribeirão Preto, as indústrias dependem muito do setor sucroenergético, que está em crise, e por isso foram afetadas.
"Nossa indústria está com os estoques altos e sem demanda do mercado consumidor. As demissões são um ajuste para uma economia desaquecida", disse Feitosa.