Professores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara (273 km de São Paulo) suspenderam temporariamente a greve iniciada há 136 dias.
Em assembleia realizada nesta terça-feira (5) os docentes aceitaram a proposta feita pela universidade, que concedeu um abono de 21% nos salários de julho –permitindo que as negociações continuem, mas sem prejudicar as aulas.
O valor deve ser pago sete dias após o fim da greve.
De acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, os 424 professores das quatro unidades de ensino do campus devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira (11).
A proposta não foi aprovada pelos funcionários que, segundo a universidade, continuam parados. A Folha não localizou representantes do sindicato na tarde desta quarta-feira (6).
A Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp) informou que a greve está suspensa até o dia 3 de setembro, quando está agendada uma reunião do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e o Fórum das Seis (entidade que reúne os sindicatos de docentes e funcionários da Unesp, USP e Unicamp).
Os trabalhadores das três universidades públicas estaduais entraram em greve em protesto à proposta dos reitores de não conceder reajuste salarial à categoria. O reajuste pedido por eles é de 9,78%. Os servidores, tradicionalmente, ganham reajuste em maio –em 2013, por exemplo, foi de 5,39%.
FRANCA
No campus da Unesp, em Franca (400 km de São Paulo), as aulas que deveriam ter sido iniciadas nesta segunda-feira (4) não foram retomadas.
De acordo com a assessoria da universidade, todos os professores e alunos da graduação estão parados.