Em crise financeira, a Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) enviou documento ao governo federal para cobrar aumento de R$ 1,5 milhão por mês –R$ 18 milhões ao ano– na verba para serviços de média e alta complexidade nos hospitais do município.
A prefeitura alega que há defasagem de R$ 16 milhões no repasse, apontado por um estudo feito a pedido da administração, que estaria relacionado ao aumento de atendimentos no município entre janeiro e dezembro de 2013.
Segundo dados do governo federal, foram repassados R$ 68,4 milhões em média e alta complexidade para Ribeirão no ano passado.
O estudo que aponta deficit nos repasses foi feito por um grupo técnico bipartite, composto por representantes dos secretários municipais de Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde.
Sem o aumento do governo federal, a prefeitura afirma ter aumentado o gasto com verba própria, o que afeta o caixa municipal.
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| Pacientes esperam atendimento na Santa Casa de Ribeirão Preto |
A prefeita Dárcy Vera (PSD) publicou em uma rede social nesta quinta-feira (31) texto em que diz que o município poderia investir em outros setores caso o governo federal cumprisse o repasse total aos hospitais.
Atualmente, a prefeitura vive uma crise com hospitais filantrópicos. Para a Santa Casa e a Beneficência Portuguesa, por exemplo, o município deve R$ 1,8 milhão para cada entidade.
O governo Dárcy prometeu realizar os depósitos até o final deste ano, depois de reunião no Ministério Público.
Atendimentos de média e alta complexidade são feitos pelo HC (Hospital das Clínicas), Santa Casa, Beneficência Portuguesa e Santa Lydia.
A assessoria da Secretaria de Estado da Saúde informou que hospitais filantrópicos são responsáveis pelo internamento de 50% dos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo.
Procurado por telefone e e-mail, o Ministério da Saúde não respondeu nesta quinta-feira aos questionamentos da Folha sobre a defasagem apontada pela Prefeitura de Ribeirão.