Folha de S. Paulo


Chuva na região de Ribeirão Preto não altera nível crítico do rio Pardo

As chuvas registradas de sexta (25) até a última segunda-feira (28) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) não serviram para amenizar o nível crítico do rio Pardo.

Também não foram suficientes para recompor as captações de água para o abastecimento público nos municípios da região.

Segundo medição do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), o nível do rio estava em 58 centímetros nesta terça-feira (29). A média para o mês de julho nos últimos dez anos foi de um metro de profundidade.

"O nível do rio aumentou dois centímetros nesta semana. A oscilação ainda é muito pequena para nossa situação, que é crítica", afirmou o diretor regional do Daee, Carlos Alencastre.

Márcia Ribeiro - 21.jul.2014/Folhapress
Régua mostra o rio Pardo com nível inferior a 60 cm no Regatas, ante a média de 1 m para a época
Régua mostra o rio Pardo com nível inferior a 60 cm no Regatas, ante a média de 1 m para a época

Nos quatro dias, foram 20,6 mm de chuva, segundo informações do Ciiagro (Centro integrado de informações agrometeorológicas), da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento.

Segundo Alencastre, a chuva, típica do inverno, só "ajudou" a aliviar a baixa umidade relativa do ar, que na semana passada atingiu 30% –nível considerado de atenção para exposição ao sol.

"Foi uma chuva muito incipiente, com intensidade muito baixa e de curta duração. Pelo período que enfrentamos, precisamos de muito mais chuva para sair do risco de falta de água", disse.

Ao menos oito municípios da região de Ribeirão adotaram o racionamento de água por causa da estiagem prolongada no primeiro semestre deste ano.

De acordo com Alencastre, o solo estava muito seco e absorveu rapidamente toda a água da chuva, impedindo que ela pudesse escoar para os rios e mananciais.


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