Folha de S. Paulo


Redução vegetal colabora para alterar características climáticas, diz bióloga

O deficit de vegetação não afeta somente a qualidade do ar de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), mas também colabora para alterar as características climáticas, de acordo com especialistas.

O município tem uma média de 23,58% de sua área coberta por copas de árvores. O mínimo recomendado por climatologistas é 30%.

De acordo com a professora e bióloga da USP Ribeirão Elenice Varanda, o município tem não só o deficit de árvores na área urbana, mas, principalmente, na zona rural.

"As matas têm uma transpiração menor, ou seja, ajudam a captar e alimentar as nascentes e lençóis de água", explicou a bióloga.

A especialista disse ainda que o desmatamento e os incêndios criminosos em matas da região de Ribeirão reduzem as possibilidades de recuperação da vegetação, já que há dificuldade para o desenvolvimento de sementes.

Dionete Santin, bióloga da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), disse que em cidades com altas temperaturas, como Ribeirão Preto, as árvores podem amenizar a sensação climática sentida pela população.

Segundo Santin, a falta de cobertura vegetal adequada pode provocar uma diferença de até 6°C.


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