Folha de S. Paulo


Museu de Araraquara (SP) fica sem câmeras de segurança

O Museu Ferroviário de Araraquara (273 km de São Paulo) está sem monitoramento de câmeras de segurança desde o começo deste mês, quando terminou o contrato com a empresa responsável pelo serviço, a Gocil.

Uma funcionária disse à Folha que cinco câmeras foram retiradas do local. São duas na área externa e outras três na área interna.

O município de Araraquara vive uma crise financeira, o que tem afetado serviços públicos.

Desde o ano passado, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) tem tomado diversas medidas para conter gastos, como, por exemplo, corte de funcionários públicos.

O museu, uma das opções de lazer no município, tem objetos ferroviários dos séculos 19 e 20, como uniforme de funcionários, fotos e materiais gráficos.

Do lado de fora do prédio há apenas buracos de pregos que sustentavam as câmeras.

Com uma funcionária do museu, a Folha obteve a informação de que algumas empresas foram até o local fazer orçamentos para a instalação de novas câmeras.

A previsão é que em duas semanas o município contrate uma empresa para a prestação dos serviços de monitoramento no local.

A Gocil começou a prestar serviços à Prefeitura de Araraquara em junho de 2008. Em maio, o município dispensou cerca de 60 vigilantes armados, empregados também pela empresa.

Edson Silva/Folhapress
Peças do Museu Ferroviário de Araraquara, sem vigilância por câmeras
Peças do Museu Ferroviário de Araraquara, sem vigilância por câmeras

Por meio da sua assessoria, a Gocil informou apenas que vai realocar os vigilantes dispensados em outros municípios da região de Ribeirão Preto.

Agora, os prédios públicos na cidade são vigiados por guardas municipais. Eles ficam em locais fixos, como no prédio da prefeitura.

O advogado Juarez Alves de Lima Junior, da Comissão de Direito Administrativo da OAB de Ribeirão, disse que, se o contrato terminou, o município deveria ter antecipado uma licitação para não deixar o museu sem câmeras.

"Todo contrato tem prazo para terminar. A prefeitura deveria prever isso, porque é responsabilidade do município zelar pelo patrimônio público", afirmou.

Lima Junior disse ainda que as câmeras são importantes porque ajudam a polícia a solucionar crimes.

A assessoria da prefeitura informou, em nota, que estuda a colocação de outros equipamentos nos prédios em que a empresa prestava serviço, inclusive no museu.

Também informou que os prédios possuem alarmes para garantir a segurança


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