O último mês de junho foi o mais quente dos últimos dez anos em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), segundo dados do Ciiagro (Centro Integrado de Informações) a partir do registro das temperaturas máximas diárias no período.
A média dos picos diários foi de 27,3ºC. Em junho do ano passado, esta média foi 26ºC. A temperatura mais próxima foi registrada em 2007, de 27ºC. O levantamento é feito há dez anos.
Também faltou chuva no mês. Segundo a Defesa Civil do Estado, o registro foi 9,7 milímetros, 83% abaixo da média histórica.
E a chuva fraca que caiu nesta quinta-feira (24) e que deve persistir nesta sexta-feira (25) na cidade não deve amenizar por muito tempo as consequências da estiagem, segundo a meteorologia.
A expectativa é que deve chover, no total, cerca de 15 milímetros, segundo previsão do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp.
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"Não é o suficiente para recuperar os mananciais da região e nem para trazer alívio para as culturas que estão sofrendo com a seca e com este inverno mais quente", disse o pesquisador Orivaldo Brunini, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas).
Uma das explicações para este período atípico, para a meteorologista da Unicamp Ana Ávila, é o fenômeno climático El Niño que acontece em média a cada seis anos. "Há uma forte relação em anos de El Niño com temperaturas mais elevadas."
As consequências deste junho mais quente foram a queda da umidade relativa do ar e prejuízos à agricultura.
"Este clima prejudica muito culturas como o tomate, cebola e ervilha, que precisam de irrigação. E piora ainda mais na região da Bacia do Pardo, onde o nível dos rios está crítico", disse Brunini.
A umidade do ar que chegou a 25% –considerado de estado de atenção– melhorou nesta quinta-feira com a chuva e deve ficar em 75% no fim de semana.
A previsão é de que a temperatura caia no fim de semana com mínimas de 13º C e máximas de 25º C.