Folha de S. Paulo


Parque fechado em Ribeirão Preto frustra frequentadores durante feriado

Com a intenção de aproveitar o feriado que celebra a Revolução Constitucionalista de 1932, dezenas de pessoas acordaram cedo nesta quarta-feira (9) para passar o dia no parque Maurilio Biagi, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), e foram pegas de surpresa quando viram os portões fechados.

O parque foi fechado na tarde de terça-feira (8) pela prefeitura por causa de uma nova infestação de carrapatos –não há ainda previsão para a reabertura do local.

A movimentação no parque começa por volta das 6h. Gerente de uma transportadora, Daniel Yamasita, 30, por exemplo, estava com os filhos Nicolas, 3, e Samuel, 1.

Silva Junior/Folhapress
Usuários do parque Maurilio Biagi em frente a portão fechado nesta quarta-feira (9)
Usuários do parque Maurilio Biagi em frente a portão fechado nesta quarta-feira (9)

Ele estacionou uma camionete e retirou uma bicicleta para andar com os filhos no feriado, mas a solução foi pedalar no entorno do parque.

Chegou a cogitar ir ao parque Luiz Roberto Jábali, o Curupira, mas afirmou que a frustração era grande. "Espero que arrumem bem, já que não tem previsão de reabrir."

Por volta das 10h, ao menos 20 pessoas se arriscavam ao caminhar ou correr ao lado de carros e ônibus. O contabilista Hélio Martins Garcia, 56, foi ao Maurilio Biagi pela primeira vez desde a reinauguração, em 2010.

Ele sempre caminha no Curupira, para onde foi depois de saber que o Maurilio Biagi estava fechado. "É um dia de folga, que podemos aproveitar, e é uma decepção."

Dois guardas municipais orientavam o público na entrada no parque sobre o fechamento. O parque foi interditado por infestação de carrapatos, que podem transmitir febre maculosa, doença que pode levar à morte.

O local já foi fechado pelo mesmo motivo em 2011. Assim como há três anos, a prefeitura alega que as capivaras que passam pelo córrego Laureano, que corta o parque, causam o problema.

O biólogo da Unesp Dino Vizzotto disse que uma solução para evitar o perigo da transmissão da febre maculosa é construir no córrego uma passagem com biotóxicos para as capivaras –para, assim, matar os carrapatos.

Obras para impedir a entrada dos animais serão feitas, segundo a Secretaria da Infraestrutura. Uma limpeza geral também está programada. Placas de aviso devem ser colocadas nos próximos dias para alertar a população.


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