Folha de S. Paulo


Campos chama Sarney e Collor de "velhas raposas" da política brasileira

O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República pelo PSB Eduardo Campos chamou nesta quinta-feira (29) os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL) de "velhas raposas" e disse que ele e a ex-senadora Marina Silva, sua pré-candidata a vice-presidente, são a opção para a política brasileira.

"Eu e a Marina somos a opção para aposentar as velhas raposas como o Sarney, que no nosso governo vai para a oposição, como o Collor, que estará na oposição. Porque se a gente não renovar a política não vamos conseguir dar jeito no Brasil", afirmou.

Campos cumpre agenda com correligionários do partido em Franca (400 km de São Paulo). No município, ele se encontrou com políticos e empresários do setor calçadista. Sua recepção foi em clima de campanha eleitoral Nesta tarde, ele também será recebido em Araraquara (273 km de São Paulo).

"O que nos diferencia é que vamos operar uma mudança no Brasil. As outras duas forças [PSDB e PT], por conta da polarização, se cercaram de fisiologismos, do patrimonialismo, das políticas atrasadas das velhas raposas que sempre estiveram perto deles", disse Campos.

O ex-governador falou também que o atual governo não enxerga o Brasil real, que está na indústria, no comércio, na agricultura, criticando a falta de diálogo com os diversos setores produtivos da sociedade brasileira.

Ele voltou a criticar o governo da presidente Dilma Rousseff: "Nós representamos a possibilidade de unir o Brasil, numa agenda de mudança. Precisamos sair do caminho errado, com baixo crescimento econômico, inflação de volta, juros altos."

Na fábrica de calçados de Franca, o político conversou com empresários do setor na cidade, um dos principais polos do mercado calçadista do país, e se comprometeu a estudar alternativas para tomar medidas que beneficiem as indústrias de sapatos.

Campos disse que vai encaminhar as reivindicações recebidas à equipe que está formalizando seu programa de governo. Os empresários pedem, principalmente, desoneração de tributos e intervenção federal para garantir mais couro –matéria-prima– para o mercado interno, a preços acessíveis.


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